O homem que vive o próprio PAU
em riste
pra cima
avante
goza no primeiro toque
amolece e dorme
O homem se gaba se enche se acha
mas ele não sabe
que o encanto escorreu, PORRA!
antes mesmo da brincadeira começar.

Às favas


Às favas as banalidades cotidianas
Delas não desejo mais do que a caveira

Comer
Trabalhar
Trepar
Dormir...

Às favas as banalidades da fala
Se não tens carne no verbo
Polpa tu as palavras.

Mini sentimentos para pessoas avulsas

  Há exatamente um mês estou entre o instante da despedida e o sonho da partida. O mar não teve força para inundar os meus ossos rígidos. O suor escorre gotículas de medo do que, hoje, pouco ou nada sou e sei. Por onde voam as almas que amo? Será que as amei? Foi suficiente o que senti ou a fenda aumenta e aumenta a 170km/h? Com que fita métrica estabeleço a dimensão entre o eu e a incompreensão do outro? Será que a felicidade, neste exato segundo de existência, consegue ter mais importância do que a utopia? Será que os homens ainda são capazes de despir o corpo para abraçarem-se na delicadeza da poesia? E dormirem no aconchego da pele como às crianças, puramente? Quando Vênus será a deusa reinante no trono dos céus? E a chuva semeará em cada canto de terra seca a essência do amor? Em qual esquina cruzo as velas e deixo o meu sangue numa reza afiada pela humanidade? A qual santo peço clemência? Serão necessários quantos mais morrerem na cruz dos campos de concentração, nos porões da solidão? O oráculo de Delfos Google pode responder a estas inquietações?