Nimphe, ninfa e cheia de manias


Ela escreve a loucura
Nas dobras das nuvens
Recolhe gota a gota as lágrimas das Virgens
E fita as rasuras dos presentes mal amados

Nimphe tem manias
Gosta de se embebedar do que venta
Ser pássaro
Serpente
Fotografia dos dentes
Deseja o não visto
Beija as maçãs das árvores
E escolhe ter nas mãos o mar

Amanhece em cantoria
Vira flor
Flamboyant
Escorrega no solo, semente
Se joga, arranha céu em confete

Ninfa
Divide segredos com as sereias
Mergulha os poros sobre a areia
E lava o perfume dos olhos
Nas águas das cotovias.  


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