a
Mulher
sem saber bem o que era aquilo
amarrou uma fita de algodão no cabelo
Queria apenas mudar
, tirar os dedos dos pés e das mãos do armário de madeira antiga:
Idade de muitos sonhos
Como fizeram muitas avós quando deixaram de ler a paixão
E como fazem os meninos quando descobrem as estrelas do mar
De cabelos amaranhados
rasgou o dia com a força das costelas
para alargar o espaço dentro de si
e ganhar u’mundo que coubesse dentro de uma caixinha de papelão
Era o sopro do horizonte levando os cabelos para o pranto de todos
que olhavam
que olhavam
a destreza do dia derramado pelas calçadas.
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